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É possível engravidar após os 40 anos?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
06/07/2023

Descubra quais são os desafios e possibilidades para mulheres que desejam engravidar depois da maturidade

Na atualidade, boa parte das mulheres vem adiando o projeto da maternidade em razão de muitos fatores – como a dedicação que muitas têm dado a suas trajetórias profissionais antes da concretização do projeto de maternidade.

Seja por motivos profissionais ou até mesmo pessoais, a verdade é que engravidar após os 40 anos é uma realidade cada vez mais comum. Apesar de ser possível, é necessário tomar alguns cuidados para ter uma gestação tranquila, pois a reserva ovariana diminui conforme o decorrer do tempo, o que aumenta a possibilidade de aborto e outros riscos para a gravidez.

Relação entre idade e a fertilidade feminina

Quando falamos em fertilidade, a idade da mulher é um fator de fundamental importância a ser avaliado, uma vez que existe uma faixa etária limite para que os óvulos estejam em condições de utilização para a geração de uma gravidez.

À medida que as mulheres envelhecem, sua fertilidade naturalmente diminui. Isso acontece devido a uma série de fatores, como a diminuição da quantidade e da qualidade dos óvulos. Assim sendo, a reserva ovariana diminui progressivamente ao longo do tempo.

Mulheres em idade reprodutiva têm a maior chance de engravidar durante seus 20 e 30 anos, e a fertilidade começa a declinar significativamente a partir dos 35 anos. Engravidar após os 40 anos acaba sendo um desafio, com chances significativamente menores.

É possível engravidar após os 40 anos?

Sim, é possível engravidar após os 40 anos, apesar da queda natural de fertilidade do organismo feminino neste período. Muitas mulheres podem apresentar, inclusive, problemas durante a gestação quando engravidam tardiamente.

É preciso, no entanto, salientar que cada mulher apresenta suas próprias particularidades, e algumas podem continuar sendo capazes de engravidar após os 40 anos de maneira natural, embora com menor probabilidade.

Riscos ao engravidar após os 40 anos

É necessário destacar que, embora seja possível engravidar após os 40 anos, existem alguns riscos que as mulheres podem vir a enfrentar durante este estágio. Dentre os quais, pode-se destacar:

  • Abortamentos: o risco de aborto prematuro aumenta consideravelmente na fase madura;
  • Síndromes cromossômicas: o risco de ter um bebê com síndromes cromossômicas, como a síndrome de Down, é maior em mulheres mais velhas. Isso ocorre devido ao aumento da chance de erros genéticos durante a formação dos óvulos;
  • Hipertensão arterial: a gravidez tardia está associada a um risco maior de desenvolver hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia, uma condição caracterizada por pressão arterial elevada durante a gravidez;
  • Diabetes gestacional: uma idade materna avançada aumenta o risco de diabetes durante a gravidez. A doença pode, inclusive, afetar o desenvolvimento fetal;
  • Placenta prévia: condição em que a placenta se posiciona de forma anormal, cobrindo total ou parcialmente o colo do útero, o que pode causar sangramento vaginal;
  • Necessidade de cesariana: a probabilidade aumenta ao se engravidar após os 40 anos;
  • Parto prematuro: o risco de o parto acontecer antes da 37ª semana de gestação é maior em gestantes mais velhas.

É importante destacar que esses riscos não se aplicam a todas as mulheres que desejam e conseguem engravidar após os 40 anos. Muitas gestações nessa faixa etária são saudáveis e bem-sucedidas.

Cuidados necessários ao engravidar após os 40 anos

Em primeiro lugar, é recomendado buscar um acompanhamento médico adequado desde o início, com consultas regulares e exames pré-natais para monitorar a saúde da mãe e do bebê.

Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação balanceada, exercícios físicos adequados para gestantes, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de manter um bom controle da pressão arterial e do diabetes, caso essas condições estejam presentes.

A suplementação vitamínica e o monitoramento genético também podem ser ações preventivas. Este último pode ser uma metodologia útil para acompanhar o risco de desenvolvimento de síndromes cromossômicas no bebê. A amniocentese e o teste de vilosidade coriônica são exames genéticos que devem ser considerados.

Entre em contato com a Clínica Pluris.

Fonte:

Fundação Oswaldo Cruz

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