Fale conosco pelo WhatsApp
Inseminação artificial para casal homoafetivo feminino
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
23/05/2023

Casais formados por duas mulheres podem realizar o tratamento com o sêmen de um doador anônimo

O desejo de gerar um filho é muito comum entre os casais homoafetivos femininos. Por esse motivo, muitos desses casais procuram ajuda de uma clínica especializada em Reprodução Humana Assistida para pessoas LGBTQIAPN+ para realizarem o tratamento. Nesses casos, pode ser indicada a inseminação artificial para casal homoafetivo feminino.

A inseminação artificial é um dos tratamentos mais tradicionais de Reprodução Humana Assistida. Consiste na inserção do sêmen diretamente na cavidade uterina da mulher, para que fertilize seu(s) óvulo(s) maduro(s). No entanto, a inseminação artificial para casal homoafetivo feminino tem algumas particularidades. Entenda a seguir.

Como funciona a Inseminação artificial para casal homoafetivo feminino?

A inseminação artificial para casal homoafetivo feminino é um dos tratamentos em Reprodução Humana Assistida possíveis para esse tipo de família. Sua realização é simples, se comparada a outros procedimentos, como a fertilização in vitro (FIV), e pode ter bons resultados.

No entanto, antes de realizar o tratamento, deve-se ter conhecimento das regras estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e da legislação vigente para tratamentos em reprodução humana, principalmente em relação ao uso de gametas provenientes de doadores.

Isso é importante porque, no caso da inseminação artificial para casal homoafetivo feminino, deve-se encontrar um doador dos gametas masculinos (espermatozoides), que precisa ser anônimo quando proveniente de banco de sêmen, mas que poderá ser conhecido caso seja escolhido o sêmen de um parente de uma das mulheres do casal. Neste caso em particular, não poderá ser parente da doadora dos óvulos, isto é, aquela que será inseminada. Na primeira hipótese, a escolha é baseada de acordo com dados biológicos e fisiológicos sobre o doador fornecidos pelos bancos de esperma.

Os principais dados que costumam ser levados em conta são:

  • Aparência física (origem étnica, cor de pele, cabelo e olhos, altura), geralmente próximas à aparência das mães;
  • Ausência de doenças de origem genética;
  • Ausência de deficiências mentais e ou psiquiátricas;
  • Tipo sanguíneo ABO e fator Rh;
  • Preferências e características pessoais (religião, profissão, hobby, escolaridade, entre outras).

Após a escolha do doador do esperma, a próxima etapa da inseminação artificial para casal homoafetivo feminino é a escolha da parceira que irá ceder os óvulos e engravidar, isto é, aquela que será inseminada. A partir dessa escolha, começa a fase de estimulação ovariana, na qual são utilizados medicamentos hormonais para que os ovários liberem mais de um óvulo maduro, aumentando, assim, as chances de sucesso do tratamento.

Durante os dias de estimulação, são realizados exames de ultrassonografia para acompanhar o processo de crescimento dos folículos e escolher o dia mais propenso para a fecundação, isto é, aquele mais próximo do momento da ovulação. Assim que constatada a possibilidade, é feito o preparo laboratorial e finalmente a deposição do sêmen doado diretamente na cavidade uterina da parceira que vai engravidar.

Quando a inseminação artificial é indicada?

Entre os tratamentos de reprodução humana, a inseminação artificial para casal homoafetivo feminino é indicada a todos os casais formados por duas mulheres em que uma delas está apta, após devida realização de exames diagnósticos essenciais, a fazer a estimulação ovariana, a inseminação e engravidar.

A vantagem do tratamento em relação a outras técnicas é que suas etapas são relativamente mais simples, além de seu custo, que costuma ser menor. Por isso, muitas vezes, pode ser a primeira opção para os casais homoafetivos femininos. Dentre os fatores relevantes na decisão está a dificuldade e custo de obtenção do sêmen, já que esse pode ser caro se tiver origem em bancos de sêmen estrangeiros e métodos de mais alta complexidade como a FIV podem trazer aproveitamento melhor, já que oferecem taxa de gestação significativamente maior que a inseminação artificial.

Quais as chances de sucesso do procedimento?

O sucesso da inseminação artificial para casal homoafetivo feminino é estabelecido quando, de 3 a 5 dias após o procedimento, ocorre a nidação, isto é, a implantação do embrião no endométrio, dando continuidade à gestação e aos cuidados pré-natais exigidos para esse período.

De modo geral, pelo fato de a fecundação ocorrer naturalmente no interior das tubas uterinas, pode-se estabelecer que a taxa de sucesso da inseminação artificial para casal homoafetivo feminino é semelhante a de uma concepção natural, ou seja, entre 15% e 20%.

No entanto, as taxas de sucesso da inseminação artificial podem variar para menos de acordo com alguns fatores, como a qualidade dos óvulos obtidos pela estimulação, a idade da mulher que irá engravidar e a qualidade do sêmen utilizado no procedimento. Nessas situações, a discussão e esclarecimento sobre as eventuais vantagens da FIV deverão ser colocadas ao casal para uma tomada de decisão esclarecida e consciente.

Existem outras indicações de técnicas para casais homoafetivos femininos?

A inseminação artificial não é o único tratamento em Reprodução Humana Assistida possível para os casais homoafetivos femininos. Entre as outras técnicas disponíveis, podemos citar a fertilização in vitro (FIV).

Fertilização in vitro

Como dito, a fertilização in vitro (FIV) é uma das alternativas à inseminação artificial para casal homoafetivo feminino. No procedimento, os óvulos são colhidos e fertilizados externamente, em ambiente laboratorial, com o sêmen do doador. Isso possibilita a produção de um maior número de embriões, que são posteriormente transferidos ao útero.

A FIV para casal homoafetivo feminino tem a possibilidade de utilizar o óvulo de uma das parceiras e o embrião obtido transferido ao útero da outra parceira. Caso seja o desejo do casal e seus corpos estejam em condições adequadas para o procedimento, ambas podem receber embriões e gestarem.

Para saber mais sobre os tratamentos em Reprodução Humana Assistida para casais homoafetivos femininos, entre em contato com a Clínica Pluris.

 

Fontes:

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Clínica Pluris

x