Embriões gerados a partir de uma fertilização in vitro podem ser preservados por tempo indeterminado
Embrião é o nome dado ao estágio inicial do desenvolvimento de um organismo humano, que consiste, basicamente, em um conjunto de células formadas após a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, e que, quando implantada na parede uterina, pode iniciar uma gestação. É neste estágio de desenvolvimento que é feita a transferência para o útero em tratamentos como a Fertilização In Vitro (FIV).
Na FIV, existe a possibilidade de uma mulher engravidar imediatamente após o tratamento, ou adiar a gestação para um momento que ela considere mais adequado. Isso é feito por meio do congelamento de embriões, que possibilita sua preservação para uma gravidez futura. Entenda mais a seguir.
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O que é o congelamento de embriões?
O congelamento de embriões é um procedimento em que os embriões são preservados em tanques de nitrogênio líquido a baixíssimas temperaturas. Isso faz com que eles não percam sua qualidade ou capacidade de desenvolvimento após o descongelamento.
A possibilidade de mantê-los nesse estado de preservação com a mesma qualidade faz com que não exista um limite máximo de tempo para os embriões ficarem congelados, sendo posteriormente utilizados com eficiência.
Para quem o congelamento de embriões é indicado?
O procedimento de congelamento de embriões, de modo geral, é indicado a pessoas que desejam adiar a gravidez por qualquer motivo, seja de saúde — por exemplo, na iminência de um tratamento oncológico que pode afetar a fertilidade — ou por razões pessoais, como para se dedicar à carreira antes da maternidade.
Outra possível indicação para o congelamento ocorre quando o processo de fertilização in vitro resulta em mais embriões do que a quantidade necessária para o tratamento. Assim, se os pacientes desejarem, é possível manter os excedentes preservados para uma nova tentativa, o que aumenta a eficiência do procedimento, ou ainda para uma gravidez futura quando a primeira tentativa resultou na gestação desejada.
É importante ter em mente que, em ambas as situações, a possibilidade de realizar o congelamento de embriões deve ser avaliada individualmente por um médico especialista em reprodução humana.
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Quais são os processos envolvidos no congelamento de embriões?
Os primeiros passos do congelamento de embriões são idênticos aos primeiros passos da fertilização in vitro. Nesse sentido, é realizada estimulação ovariana para que sejam gerados e coletados mais óvulos maduros em um único ciclo, além da coleta dos gametas masculinos.
Em seguida, a fertilização é promovida em ambiente laboratorial. Os embriões resultantes são cultivados por alguns dias e os de melhor qualidade são selecionados. A partir desse momento, eles são encaminhados para o processo de congelamento, que consiste nas seguintes etapas:
- Inserção em um meio de cultura com substâncias crioprotetoras para impedir a formação de cristais de gelo, os quais podem destruir o embrião;
- Congelamento dos embriões por meio da redução gradual de sua temperatura até 196 graus negativos ou, mais recentemente, de forma ultrarrápida (vitrificação), que tem mostrado os melhores resultados;
- Colocação dos embriões em pequenos recipientes (palhetas) que serão mantidos em tanques de nitrogênio líquido.
Como já mencionado, é possível que os embriões sejam preservados por tempo indeterminado. Existem relatos de pessoas que conseguiram engravidar e ter filhos saudáveis a partir de embriões congelados por mais de 20 anos. No entanto, mais importante que o tempo de preservação é a condição do organismo de passar pela gravidez no momento da implantação.
O que é o congelamento de óvulos e qual a diferença para o congelamento de embriões?
O congelamento de óvulos é uma possibilidade de preservação da fertilidade em que os óvulos são coletados e congelados, podendo ser resgatados e utilizados em uma fertilização in vitro posterior, diferentemente do congelamento de embriões, em que a FIV é realizada antes da criopreservação.
É possível escolher entre os dois? Em qual situação?
A escolha entre o congelamento de óvulos e o congelamento de embriões deve ser individual, feita pela paciente em conjunto com o médico especialista em reprodução humana. Além de levar em consideração as chances de sucesso de cada tratamento, a forma com que a gravidez será levada no futuro também deve contar.
Sendo assim, casais que já tenham um relacionamento estável podem optar pelo congelamento de embriões, o que já não é recomendado para pacientes solteiras ou que não tenham certeza se, no futuro, desejarão ter um filho vinculado à pessoa parceira atual.
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Como decidir o número de embriões para transferir ao optar pelo congelamento?
A decisão do número de embriões a serem transferidos após o descongelamento deve ser feita com cautela. Isso porque a transferência de dois ou mais embriões pode aumentar as chances de uma gravidez de gêmeos. Sendo assim, é importante que o casal esteja aberto a essa possibilidade, nesse caso.
Ainda assim, é importante se atentar às regras do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelecem limites para a transferência de embriões de acordo com a idade da pessoa que irá engravidar:
- Até 37 anos, limite de 2 embriões;
- Acima 37 anos, até 3 embriões podem ser transferidos.
Qual a vantagem de congelar embriões?
O congelamento de embriões, como já mencionado, pode ser vantajoso para aqueles que desejam engravidar no futuro, num momento que consideram mais propício para gerar e criar uma criança. Além disso, no contexto de preservação da fertilidade, congelar embriões é para quem já tem o parceiro masculino definido, e o congelar dos gametas (óvulos e espermatozoides), que há algum tempo tinham taxas de eficiência menores no processo de criopreservação e gestação posterior, hoje se equipara ao de embriões, tornando-se uma opção bastante factível e livre de entraves emocionais e legais quando se trata de uma decisão de descarte.
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Quais são as chances de engravidar usando embriões que foram congelados?
Quando o congelamento de embriões é realizado corretamente, não ocorre perda de qualidade e capacidade de desenvolvimento quando são transferidos para o útero. Isso faz com que as chances de engravidar sejam, de forma geral, semelhantes às de um tratamento de fertilização in vitro comum.
Em alguns casos, dependendo do estado de saúde individual da paciente no momento da transferência, pode ser que as chances de sucesso na obtenção de gravidez sejam, inclusive, maiores do que se a transferência tivesse sido realizada anteriormente.
Para saber mais sobre congelamento de embriões e outros assuntos, entre em contato com a Clínica Pluris e agende sua consulta agora mesmo!
Fontes:
Associação Brasileira de Reprodução Assistida